A Economia Brasileira, distintamente de diversos países, conseguiu resistir no enfrentamento da crise econômica mundial, em 2009, mantendo o nível econômico e elevando o padrão de vida dos menos favorecidos; alcançando a manutenção do quantum do Produto Interno Bruto, enquanto países como os Estados Unidos, os da OCDE e em grande parte da Ásia experimentaram uma alta retração da economia.
Acostumados a privilegiar somente os segmentos mais favorecidos, aquelas classes mais voltadas para a exploração do trabalho alheio e opressão, tacanhamente priorizando as elites, próceres da oposição passaram a acusar o governo atual de criar um fosso entre ricos e pobres, uma divisão, como se a política econômica implementada atualmente não fosse justamente aquela que assegura a união dos diversos segmentos sociais no sentido do real desenvolvimento do país.
Interessante destacar que esta política econômica foi elaborada e mantida numa conjugação com a política externa independente, onde o Brasil teve em novas parcerias internacionais e papel destacado na defesa de grandes temas internacionais relacionados com o meio-ambiente, autodeterminação dos povos, mercados internacionais, organizações internacionais dos movimentos sociais, entre outros temas.
As decisões governamentais federais, num cenário internacional altamente aversivo, foram fundamentais para o enfrentamento dos óbices econômicos. Foram adotadas com seriedade políticas sociais, salariais, fiscais e monetárias coordenadas para que nosso País não fosse afetado como ocorreu alhures.
Na política fiscal e monetária, além do controle sobre os meios de pagamento, houve direcionamento de incentivos para bens de setores afetados pela crise, como isenções do IPI (veículos, bens duráveis, etc), o que combinou com as políticas ditas compensatórias (bolsa escola, bolsa família, etc), política creditícia favorecida para segmentos especiais (agricultura familiar, pequenas empresa, etc) e os investimentos em infraestrutura (como a continuidade das obras do PAC, com apoio destacado aos programas de moradia e construção de estrada, e os investimentos do BNDES, direcionados com atenção à infraestrutura energética e química), e, na política salarial, foi assegurado o reajuste dos servidores e, ainda, a elevação real do salário mínimo. Políticas estas que fortaleceram o mercado interno, com repercussões criativas e seguras na economia como um todo.
Também foi relevante nesta política, o papel desempenhado pelos produtores rurais, em especial os agricultores familiares, que asseguraram o fornecimento de produtos a preços favorecidos, bem como políticas de fomento e apoio a este setor que recebeu aposta do governo de que haveria resposta. E, o empresariado deu sua contribuição pois acreditou na política econômica do governo, o que possibilitou a venda a prazo mesmo perante um quadro internacional de crise.
A retratação internacional não deixou de refletir sobre a nossa economia. Refletiu, e muito, dado o nível de inserção da economia brasileira no contexto mundial, mas as medidas citadas serviram como uma blindagem em relação à radicalidade da crise sobre diversos setores.
Para 2010, que há uma previsão de crescimento da economia internacional, o cenário se mostra mais favorecido, mesmo em que até a indústria de transformação, a construção civil e a agropecuária tiveram uma retração significativa em 2009, seguramente, em 2010, terão um ano mais favorável.
Fundamental neste enfrentamento que o Governo Federal dê mais atenção os investimentos tanto públicos como privados, combinando-os com os relacionamentos com os capitais nacionais e estrangeiros. Hudson Cunha
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